Neste ano a Mintel trouxe em pesquisas que uma das tendências para o setor da beleza da América Latina é o retorno às origens e a nostalgia. No universo da maquiagem, certos produtos transcendem a função estética e passam a ocupar um lugar afetivo na memória do consumidor, o que pode ser traduzido como nostalgia. Quando revisitamos na memória itens icônicos usados em 2010 como as bases matte, o batom rosa Snob, as Beautyblenders e paletas coloridas em estojos espelhados, ativamos não apenas lembranças visuais, mas um complexo sistema emocional. Esse fenômeno é amplamente estudado pela neurociência e ajuda a explicar por que determinadas marcas, fórmulas e embalagens continuam ressoando mesmo em meio à inovação constante da indústria da beleza.
Neurociência e memória afetiva
A neurociência tem mostrado que a memória afetiva, especialmente aquela ligada aos sentidos como o olfato, a visão e o tato, desempenha um papel importante nas decisões de consumo. Produtos de maquiagem utilizados há mais de uma década podem ativar áreas do cérebro ligadas à recompensa e ao prazer, reforçando vínculos emocionais com marcas e até mesmo com rituais de autocuidado.
É justamente esse elo entre consumo e emoção que torna a nostalgia um recurso poderoso para estratégias de branding, comunicação e reposicionamento de produtos. A familiaridade com fórmulas, embalagens e campanhas do passado pode gerar conforto, conexão e engajamento, especialmente em um momento em que o consumidor busca experiências mais significativas e personalizadas.
O papel das marcas e das equipes nesse resgate
Para as empresas que entendem que produtos qualquer um vende, mas, experiências somente times capacitados proporcionam, é essencial contar com equipes preparadas para traduzir emoções em experiências reais de consumo. Treinamentos focados em neurociência do comportamento, jornada do cliente e memória afetiva permitem que os profissionais de atendimento e vendas compreendam os gatilhos emocionais que movem o consumidor, criando diálogos mais empáticos e experiências memoráveis.
Resgatar produtos de mais de uma década não é apenas trazer de volta uma fórmula bem-sucedida ou tendência, é ativar sensações, momentos de vida, fases pessoais e vínculos emocionais que permanecem armazenados nas entrelinhas da memória.
Quando o passado impulsiona o futuro
A nostalgia, quando aliada à inovação e ao entendimento profundo do comportamento do consumidor, se transforma em estratégia. E isso exige mais do que ações de marketing: exige capacitação contínua, sensibilidade nas interações e uma escuta ativa que reconheça o consumidor em sua totalidade, com suas lembranças, seus afetos e suas aspirações.
Na SOMA, entendemos que a beleza é um território sensível, simbólico e profundamente humano. Por isso, nossas soluções de formação são pensadas para desenvolver profissionais e pessoas para atuarem com propósito, inteligência emocional e repertório. A memória pode ser invisível, mas ela guia escolhas. E saber acessar essa memória com respeito e estratégia é o que diferencia marcas que apenas vendem produtos de marcas que proporcionam experiências memoráveis.
